sábado, 17 de novembro de 2012

TDD Telefone para Surdo -Brasil

Passe Livre

O que é o Passe Livre? Mais que um benefício criado pelo Governo Federal, o Passe Livre é uma conquista da sociedade. Um avanço que trouxe mais respeito e dignidade para o portador de deficiência. Com o Passe Livre, as pessoas com deficiência podem viajar para todo o país, de forma gratuita, dentro das condições estabelecidas pelo programa. Use e defenda o seu direito. O bom funcionamento do Passe Livre depende também da sua fiscalização. Denuncie, sempre que souber de alguma irregularidade. Faça valer a sua conquista. E boa viagem! Conheça Melhor o Passe Livre Quem tem direito ao Passe Livre? Portadores de deficiência física, mental, auditiva ou visual comprovadamente carentes. Quem é considerado carente? Aquele com renda familiar mensal per capita de até um salário mínimo. Para calcular a renda, faça o seguinte: · Veja quantos familiares residentes em sua casa recebem salário. Se a família tiver outros rendimentos que não o salário (lucro de atividade agrícola, pensão, aposentadoria, etc.), esses devem ser computados na renda familiar. · Some todos os valores. · Divida o resultado pelo número total de familiares, incluindo até mesmo os que não têm renda, desde que morem em sua casa. · Se o resultado for igual ou abaixo de um salário mínimo, o portador de deficiência será considerado carente. Quais os documentos necessários para solicitar o Passe Livre? · Cópia de um documento de identificação. Pode ser um dos seguintes: ■certidão de nascimento; ■certidão de casamento; ■certidão de reservista; ■carteira de identidade; ■carteira de trabalho e previdência social; ■título de eleitor. · Atestado (laudo) da Equipe Multiprofissional do Sistema Único de Saúde (SUS), comprovando a deficiência ou incapacidade do interessado. · Requerimento com declaração de que possui renda familiar mensal per capita igual ou inferior a um salário mínimo nacional. Atenção: Quem fizer declaração falsa de carência sofrerá as penalidades previstas em lei. Como solicitar o Passe Livre? · Fazendo o donwload dos formulários no site preenchendo-os e anexando um dos documentos relacionados. Uma vez preenchidos, os formulários devem ser enviados ao Ministério dos Transportes no seguinte endereço: Ministério dos Transportes, Caixa Postal 9800 - CEP 70001-970 - Brasília (DF). Neste caso, as despesas de correio serão por conta do beneficiário; ou · Escrevendo para o endereço, acima citado, informando o seu endereço completo para que o Ministério dos Transportes possa lhe remeter o kit do Passe Livre. A remessa ao Ministério dos Transportes, dos formulários preenchidos, junto com a cópia do documento de identificação e o original do Atestado (laudo) da Equipe Multiprofissional do Sistema Único de Saúde (SUS), é gratuita e deve ser feita no envelope branco, com o porte pago. Atenção: Não aceite intermediários. Você não paga nada para solicitar o Passe Livre. Quais os tipos de transporte que aceitam o Passe Livre? Transporte coletivo interestadual convencional por ônibus, trem ou barco, incluindo o transporte interestadual semi-urbano. O Passe Livre do Governo Federal não vale para o transporte urbano ou intermunicipal dentro do mesmo estado, nem para viagens em ônibus executivo e leito. Como conseguir autorização de viagem nas empresas? Basta apresentar a carteira do Passe Livre do Governo Federal junto com a carteira de identidade nos pontos-de-venda de passagens, até três horas antes do início da viagem. As empresas são obrigadas a reservar, a cada viagem, dois assentos para atender às pessoas portadoras do Passe Livre do Governo Federal. Atenção: Se as vagas já estiverem preenchidas, a empresa tem obrigação de reservar a sua passagem em outra data ou horário. Caso você não seja atendido, faça a sua reclamação pelo telefone (61) 3315.8035. Passe Livre dá direito a acompanhante? Não. O acompanhante não tem direito a viajar de graça. Saiba mais sobre o Passe Livre, e faça o download dos formulários no link abaixo: http://www.transportes.gov.br/ascom/PasseLivre/apresentacao.htm Informações e Reclamações Informações: Posto de atendimento - SAN Quadra 3 Bloco N/O térreo - Brasília/DF telefones: (61) 3315.8035. Caixa Postal - 9.800 - CEP 70.040-976 - Brasília/DF e-mail: passelivre@transportes.gov.br Reclamações: e-mail: passelivre@transportes.gov.br ou Caixa Postal - 9.800 - CEP 70.040-976 - Brasília/DF Fonte: MInistério do Transporte Site http://www.transportes.gov.br/ascom/PasseLivre/Manual.htm

sábado, 13 de outubro de 2012

Métodos de Alfabetização

Filmes Relacionados à Surdez

Adala (Coréia do Sul, 1987), Uma história de amor entre uma surda e uma pessoa normal. Adorável Professor - Mr. Holland (EUA/1995), professor de música tem um filho surdo. Aliados contra o crime Fuzz (EUA/1972), Esposa de um policial é surda e tratada com simpatia e um bandido conhecido como "O Homem Surdo" é desprezado por sua deficiência. Alpine Fire (Höhenfeuer) - (Suíça/1985), menino que se comunica em Língua de sinais. Alvo Protegido (His Bodyguard) - (USA/1998), Um homem surdo que trabalha numa empresa de bioengenharia testemunha roubo de medicação experimental. Amor secreto (Amour Secret - Stille Liebe) - (Suíça/2001), romance entre casal de surdos. A Música e o Silêncio (Jenseits der Stille) - (Alemanha/1996), garota ouvinte, filha de pais surdos descobre a música. Amy (Austrália/1998), garota surda em nova cidade. Anatomie D´un Miracle (França/1999), Documentário sobre Marco, cego e surdo de nascença, veio para o instituto na idade de doze anos, "como na idade da pedra" e, em poucos anos a Senhora Guadalupe lhe ensinou a falar. Um milagre. Quantas mentiras para sempre? Tanto quanto for necessário. Saúl, aleatório visitante, por sua mera presença desencadeia a turbulência dentro do mundo do Marco. And Now Tomorrow (USA/1944), paciente fica surdo após meningite. À Procura de Mr. Goodbar - Looking For Mr. Goodbar (EUA/1977), professora de crianças surdas, à noite procura o prazer nos braços de homens desconhecidos. Askari (EUA/2002), aventura de duas mulheres na África. Assassinato em Manhattan (When Justice Fails) - (EUA/1997), atriz é surda, policial se apaixona por promotora suspeita de assassinato. Assassinato Perfeito (In Her Defense) - (Canadá/1998), jovem advogado se envolve amorosamente com uma mulher surda casada com um milionário. A Summer to Remember (USA/1985), Garoto se comunica com orangotango em Língua de sinais. A Vida de Alexander Graham Bell (The Story of Alexander Graham Bell) – (EUA/1939), Alexander Graham Bell se apaixona por garota surda e tenta inventar meios para telegrafar a voz humana. Inventa o telefone, casa-se e torna-se rico e famoso. A Vida Secreta das Palavras (La Vida Secreta de las Palabras) – (Espanha/2005), Hannah, é introvertida, solitária e parcialmente surda. Um incidente faz com que ela permaneça cuidando de Josef, que sofreu uma série de queimaduras que o deixaram cego temporariamente. Á Procura de Mr. Goodbar (Looking for Mr. Goodbar) – (EUA, 1977), na vida profissional, a professora Theresa é reconhece pelos seus trabalhos com crianças surdas. Já sua vida sentimental não esta nada bem, principalmente depois de dois relacionamentos problemáticos consecutivos. Sem rumo, se envolve nas perigosas e agitadas noites da cidade. Babel (EUA/2006), Adolescente japonesa surda descobrindo a sexualidade. Aborda temas de Sexualidade, Violência e Suicídio. Belinda - Johnny Belinda (USA/1948), história de uma mulher surda sua vida é transformada quando ela é descoberta por um médico que lhe ensina a linguagem dos sinais. Feita versão para TV em 1982 com o nome Johnny Belinda. Beethoven - Un Grand Amour de Beethoven (França/1936), 1801, Viena: Beethoven tem diversos casos de amor e fica noivo de Thérèse de Brunswick por anos. Quando percebe que está ficando surdo e sofre de uma profunda depressão. Beethoven - Tage aus einem Leben (Alemanha/1976) outro título Beethoven-Days in a Life. Beethoven viveu de 1770 a 1827. O filme analisa a partir do momento em que ele começou a tornar-se surdo em 1813. Dentro de 8 anos, ele estava completamente surdo. Big Little Person (EUA/1919), Homem surdo que recupera a audição. Biyaya ng lupa (Filipinas/1965), outro título Blessings of The Land. Casal filipino tem um filho surdo que deve superar suas limitações para ajudar a família. Black (Indiana/2005), surdo-cega, ajuda seu professor e guia a superar o Mal de Alzheimer. Filme difícil de encontrar, mas é emocionante. Blinker en het Bagbag-juweel (Holanda/2000), Garoto fotografa objetos históricos de casa antiga, tem um Pastor que trabalha com surdos. Blue Moon (Canadá/1999), jovem mãe tem filha surda de 5 anos. Bonanza - Trovão Silencioso – Volume 3 - 3º Episódio (Bonanza - Silent Thunder – (EUA/1959-1973), seriado de TV, Joe encontra uma garota surda e decide ensina-la a linguagem dos sinais. Broadway Dos Meus Sonhos - The Dancer (França/2000), retrata a história de uma bailarina muda apaixonada pela música e que sonha, um dia, chegar a Broadway. Budbringeren – Correio Desinteressante (Noruega/1997), sobre um carteiro e mulheres surdas. Busca Alucinada (Psych-Out) – (EUA/1968), garota surda procura pelo irmão e recebe ajuda de Stoney e seus companheiros chapados. Captain Johnno (Tour the Sun) - (Austrália/1988), um menino surdo e seu amigo numa pequena cidade Australiana de pesca. Cegos, Surdos e Loucos (See No Evil, Hear No Evil) – (EUA/1989), um cego e um surdo são testemunhas de um assassinato. Comédia. Cenas de Praia ou Um Lugar à Beira-Mar ou O mar mais silencioso daquele verão (Ano natsu, ichiban shizukana umi) - (Japão/1991), Shigeru é um jovem surdo que trabalha na companhia de limpeza urbana num dia encontra uma prancha no lixo e resolve aprender a surfar. Três títulos em português. Cidade das tristeza (cty of sadness) - (Taiwan/1989), sobre uma família e seu filho mais novo surdo é preso durante o massacre de 1947. Choices (EUA/1981), rapaz é barrado no time de futebol da escola ao descobrirem que é parcialmente surdo. Cine Gibi – O filme - Turma da Mônica (Brasil/2004), animação, o DVD tem a opção de intérprete de Libras. Compensation (EUA/1999), história de duas mulheres surdas no século 19. Congo (EUA/1995), gorila se comunica em língua de sinais. Cop Land (EUA/1997), policial com problemas de audição. Corpo a Corpo (Corps a corps) - (França/2002), bailarina sofre acidente e fica surda. Cenas de sexo. Country of the Deaf ou Les Silencieuses (Strana Glukhikh) – (Rússia/1998), História de Rita e Yaya, surda que trabalha numa boate. O amante de Rita, Aljoscha perde um jogo de apostas altas. Consciente de que sem meios para saldar a dívida, Aljoscha vai morrer, as duas garotas se escondem e sonham com uma nova vida num lugar onde não há maldade. Crazy Moon (Canadá/1986), dificuldade de aprendizagem de uma jovem surda. A atriz é realmente surda. De volta a vida (Retour à la vie) - (França/2000), atriz surda vive em Paris com seu marido de 20 anos mais velho. Deafula (EUA/1975), Adaptação de Drácula todo em língua de sinais. É dublado em Inglês. Deliverance (USA/1919), Cinema mudo. Retrata a história de Helen Keller. Depois do Silêncio (Breaking Through) – (EUA/1996), Laura surda de 20 anos aprende língua de sinais, depois de conhecer uma assistente social.) Tem outro nome em Português: "Palavras do Silêncio" Dil Ka Rishta (Índia/2003), Professora de surdos se casa com um rapaz, sofrem um acidente ele morre e ela perde a memória. Dobermann (França/1997), filme Policial, tem uma personagem cigana surda Em Busca de Vingança (What the Deaf Man Heard) – (EUA/1997), depois de vinte anos fingindo ser surdo, homem quebra o silêncio e se vinga de outro que fez sua vida infeliz. E Seu Nome é Jonas (And Your Name Is Jonah) (TV Film) – (USA/1979), é ensinado a língua de sinais para criança surda sair do isolamento. Filhos do Silêncio (Children of a Lesser God) – (EUA/1986), professor de linguagem de sinais se apaixona por surda. A atriz é surda. Fome de Amor (Brasil/1968), Alfredo surdo-cego recebe casal em sua casa. Filme de sexo e troca de casais. Gestos do amor (Dove siete? Io sono qui) – (Itália/1993), Mãe não aceita a condição de seu filho surdo. A tia o ajuda a integrá-lo em grupo de surdos, ensinando-lhe a linguagem de sinais. Goya (Goya en Burdeos) – (Espanha/1999), surdo e doente, Francisco José de Goya y Lucientes, gênio da pintura espanhola, vive exilado em Burdeos, no fim de sua vida. Hamill (The Hammer) – (inglês, 2012), filme retrata a trajetória do lutador do UFC Matt Hamill, que, surdo de nascença, superou o preconceito e as dificuldades criadas por sua condição através da luta greco-romana, na qual começou graças ao seu padrasto. Helen Keller: O Milagre Continua (EUA/1984), O relacionamento entre uma professora e sua aluna surda e cega. Sequência do filme "O Milagre de Anne Sullivan". Hoshi no kinka Série de TV (Japão/1995), mulher surda trabalha em consultório de um jovem médico e eles se apaixonam. Quando ele se muda para Tóquio ela revela o seu amor em Língua de Sinais, ele sofre um acidente e perde a memória. Lágrimas do Silencio (Bridge to Silence) – (EUA/1989), surda entrega a filha aos cuidados da avó. La Vie silencieuse de Marianna Ucria (França/1997), jovem surda é obrigada a se casar aos 13 anos, aprende língua de sinais com o auxílio de um tutor francês. Atriz surda. Le Bateau de Mariage (França/1993), tem uma personagem surda. Le Saut de L'Ange (França/1991) – Curta metragem, um pesquisador que se vê entre o racional e o irracional, com a ciência e o reencontro com um surdo que quebra sua rotina. Little House on the Prairie Série de TV (USA/1974-1983) - 6ª Temporada Episódio 17 "Silent Promises". Laura ajuda um garoto surdo ensinando-o a se comunicar. Meus Filhos (Musuko) – (Japão/1991), Tetsuo é um jovem que mora sozinho em Tóquio, encontra uma garota surda-muda e fica apaixonado. Morte Silenciosa (Dead Silence) – (EUA/1997), viagem de estudantes surdos quando se deparam com três criminosos em fuga. Na Companhia de Homens (In The Company of Men) – (EUA/1997), Dois jovens executivos querem se vingar das mulheres e escolhem como alvo uma atraente digitadora surda. No Silêncio do Amor (Love Is Never Silent) – (EUA/1985), mulher se esforça para conseguir sua independência. Objeto do Desejo (The Object of Beauty) – (Inglaterra/1991), Jake e Tina perdem sua fortuna, restando-lhes uma estatueta de alto valor. A estatueta desaparece, e exerce uma estranha atração sobre Jenny, a camareira de um hotel, que é surda. Os Cinco Sentidos (The Five Senses) – (EUA/2000), Richard, um do personagens, é um oftalmologista que está tendo problemas de audição e precisa encontrar novas formas de ouvir. O Filme Surdo de Beethoven (Zyklus von Kleinigkeiten) – (Bélgica/1998), retrata os últimos dias da vida do compositor, quando se comunicava através da escrita com seus parentes. O Garoto Selvagem (L'Enfant Sauvage) – (França/1969, em 1797), um menino encontrado floresta vivia como selvagem sem saber andar, falar ou se expressar como nós. Em Portugal recebe o nome: "O Menino Selvagem". O Martírio do Silêncio (Many), (EUA, 1952), Mandy Garland nasceu surda e tem sido muda por toda sua vida. Seus pais acreditam que ela é capaz de falar, ela é matriculada numa escola para surdos que tem um professor especial. Olhos Assassinos (Eyes of a Stranger) – (USA/1981), Jane, irmã de uma surdo-cega, e descobre que um de seus vizinhos é um assassino. O Milagre de Anne Sullivan (The Miracle Worker) – (EUA/1962), história da Helen Keller. O Milagre de Anne Sullivan (The Miracle Worker) – (EUA/2000), foi refilmado duas vezes, ambas para a televisão, em 1979 e em 2000) A atriz Patty Duke, que interpretou Helen Keller no primeiro filme, interpretou Anne Sullivan no segundo filme. Onde a Verdade se Encontra (Where the Truth Lies) – (EUA/1999), advogado defende surda acusada de assassinato. Atriz surda. Filme feito para TV. O País dos Surdos (Le pays des sourds) – (França/1992), documentário premiado, A que se assemelha o mundo para pessoas que vivem no silêncio?) Parceiros da Cinemateca da Embaixada da França no Brasil podem solicitar a locação de uma das cópias deste filme. O Que Mais Pode Acontecer? (What´s The Worst That Could Happen?) – (EUA/2001), ladrão profissional é pego em flagrante, tem uma cena curta engraçada no senado traduzida em língua de sinais. Não tem nenhum personagem surdo, está aqui como curiosidade os surdos gostam de ver a cena. O Resto é Silêncio (Brasil/2003), curta metragem premiado, atores principais são surdos. Adolescente surdo leva uma vida solitária, voltado apenas para livros e poesia. Até o dia em que Clara, também surda, vai estudar na mesma escola. Disponível nas videotecas do SESC. Este filme é uma gracinha. O Segredo de Beethoven (Copying Beethoven) – (Alemanha/2006), uma estudante é designada a trabalhar com Beethoven, o mais celebrado artista vivo da época. Paciente 14 (Patient 14) – (EUA /2004), Liza é vítima de um ataque que resulta em surdez. Desesperada, concorda em participar de um tratamento experimental para voltar a ouvir. Palavras do Silêncio (Breaking Through) – (EUA/1996), Laura surda de 20 anos aprende língua de sinais, depois de conhecer uma assistente social. Tem outro nome em Português: "Depois do Silêncio" Para Além do Silêncio (Jenseits der Stille) – (Alemanha/1996), filha de pais surdos ajuda na comunicação com o mundo. Tem outro nome em Português: “A Música e o Silêncio”. Pela Primeira Vez (For the First Time) – (EUA/1959), um ídolo da ópera mundial se apaixona por uma linda garota surda. Por que tem que ser assim? (The Heart is a Lonely Hunter) – (USA/1968), surdo tenta viver com uma família em uma cidade grande, próximo de seu único amigo. Filme forte, aborda o tema do suicídio. Quatro Casamentos e um Funeral (Four Weddings and a Funeral) – (Inglaterra/1994), história de Charles, solteirão, que encontra Carrie em casamentos e funerais. O irmão de Charles é um ator surdo. Contém cenas de sexo. Quem Somos Nós? (What the Bleep Do We Know?) – (EUA/ 2004), a deficiente auditiva Amanda está numa experiência ao estilo ”Alice no País das Maravilhas” enquanto seu monótono cotidiano começa a se desmanchar. Aborda a Física. Quem Somos Nós? Uma nova Evolução. (What the Bleep!? Down the Rabbit Hole) – (EUA/2006), o mesmo filme acima com uma versão estendida, com acréscimo de novas cenas e novas descobertas científicas. Querido Frankie (Dear Frankie) - Produção (Inglesa/2004), garoto surdo que recebe cartas do pai. Rapidinho no Gatilho (Lightning Jack) – (EUA/1994), Jack Kane é o melhor atirador do velho oeste. Durante um assalto a banco, Jack pega um garoto surdo como refém, os dois acabam muito amigos e ele ensina o garoto como ser um fora-da-lei. Rápidos, brutos e mortais ou Deaf Smith and Johnny Ears (Los Amigos - EUA/1972), faroeste. Surdo une-se a pistoleiro. Relação Explosiva (The Break up) – (EUA/1998), Mulher surda, maltratada pelo marido vai parar no hospital e fica sabendo que ele foi assassinado. De vítima, passa a ser a principal suspeita. Ritmo Acelerado (It's All Gone Pete Tong) – (Inglaterra/2006), vida trágica do lendário Frankie Wilde DJ surdo. Rodeio da vida (Blue Rodeo) - (Feito para a TV/1996), garoto surdo muda para cidade nova. Ruas Selvagens (Savage Streets) – (EUA/1984), Violência urbana, uma das personagens é surda. Sobre meus lábios (Sur mes lèvres) – (França/2001), secretária deficiente auditiva consegue ler as piadas nos lábios de seus colegas de trabalho. Sons do Silêncio (Sounds of Silence) – (EUA/Suécia/1989), Fotógrafo herda casarão na Suécia e vai passar temporada no local com noiva e o filho dela, Dennis, um garoto surdo. Sympathy for Mr. Vengeance (Coréia do Sul/2002), Ryu, surdo, quer fazer tudo para salvar sua irmã. Tiros na Escuridão (Do not disturb) – (Holanda/1999), Melissa garota muda, se perde dos pais e, num beco escuro, testemunha um assassinato. Tommy (Inglaterra/1975), filho vê a morte do pai e pressionado pela mãe e o amante, o jovem acaba ficando cego, surdo e mudo. Com o tempo, descobre-se um campeão do fliperama. Tortura Silenciosa (Hear no Evil) – (EUA/1993), o roubo de uma moeda de Alexandre, o Grande, faz com que uma deficiente auditiva seja perseguida por um detetive. Tudo em Família (The Family Stone) – (USA/2005), um dos personagens é surdo e gay, mas não é o foco principal da estória. Aborda o tema da adoção por casal gay. Two Shades of Blue (EUA/2000), advogada surda é contratada para defender suspeita de assassinato de bilionário. Atriz surda. Zorro (EUA/1957), Seriado da TV, Bernardo o escudeiro fiel de Zorro se faz passar por surdo, mas é apenas mudo. O personagem Bernardo aparece em quase todos os episódios e é muito engraçado, os surdos gostam.

sábado, 15 de setembro de 2012

como as escolas ensinam surdo-mudo

A Língua de Sinais Americana (em Portugal: Língua Gestual Americana, nome original: American Sign Language, também conhecida pelas iniciais ASL) é a língua de sinais dominante, através da qual a comunidade surda nos Estados Unidos da América,[1] nos lugares de expressão anglófona do Canadá, e algumas partes do México, se comunica. A ASL também é usada, por vezes (normalmente em conjunto com uma línguas de sinais indígenas) nas Filipinas, Singapura, Hong-Kong, República Dominicana, Haiti, Porto Rico, Costa do Marfim, Burkina Faso, Gana, Togo, Benim, Nigéria, Chade, Gabão, República Centro-Africana, Mauritânia, Quénia, Madagáscar e Zimbabué. Assim como outras línguas de sinais, a sua gramática e sintaxe são distintas das línguas orais. Estima-se que a ASL seja usada por cerca de 500 000 a 2 milhões de surdos, só nos EUA. História da ASLNos EUA, assim como na grande parte do mundo, famílias ouvintes com filhos surdos, normalmente usam sinais familiares para uma comunicação simples, entre membros surdos e ouvintes da família. No entanto, hoje, muitas escolas já ensinam a ASL. A forma original da moderna ASL está intimamente ligada à afluência de muitos eventos e circunstâncias. Línguas de sinais organizadas têm vindo a ser usadas na Itália desde o século 17, em França desde o século 18, para instruir surdos. A Antiga Língua de Sinais Francesa foi desenvolvida em Paris, por Abbé de l'Epée, na sua escola de surdos. Estas línguas eram com base nas linguagens naturais usadas pelos surdos, na sua área de origem, com algumas adições, para mostrar aspectos gramaticais da língua oral local. Intérprete de ASLDesde a sua génese, na Escola Americana para Surdos, nos EUA, esta língua desenvolveu muito. Muitos dos formados nessa escola, foram leccionar noutras escolas de outros estados, difundindo a língua. Após estar firmemente estabelecida, no país, começou a surgir discordância entre os educadores, nos finais do século 19 - uns defendiam o método oralista (que defende que o surdo deve aprender a falar, não devendo usar qualquer língua de sinais) e o métodos de sinais (que defende que a língua de sinais é a língua natural do surdo, e que é essa deve ser incentivada, como método de expressão e comunicação). William Stokoe, professor de Inglês, interessou-se pela ASL, publicando muitos artigos sobre o tema, convenceu a comunidade científica dos EUA que a ASL é uma língua natural, como qualquer outra língua. A língua continua a evoluir e a crescer, como é comum a qualquer língua viva; é típico da ASL ir acrescentando novos sinais, numa tentativa de acompanhar a evolução da tecnologia. [editar] Línguas de sinais prévias[editar] FrancesaOs franceses possuíam uma língua de sinais natural, muitas vezes referida como Antiga língua de sinais francesa (ALSF). A ALSF era a língua de sinais de uma vasta comunidade de pessoas surdas que vivia em Paris. Esta língua difundiu-se passando de surdo em surdo, e é considerada a mais antiga língua de sinais da Europa. O abade Charles-Michel de l'Épée foi a primeira pessoa a reconhecer que a língua de sinais poderia ser usada para educar as pessoas surdas. Um conto popular de surdos explica que o papel abade Épée's role na origem da LSF (e posteriormente, ASL): Aquando da visita a um paroquiano, Épee conheceu as suas duas filhas surdas, que conversavam uma com a outra, usando a ALSF. A mãe explicou que as filhas estavam a ser ensinadas, em particular, por meio de significados de imagens. Épée inspirou-se nestas duas crianças surdas e, em 1771 estabeleceu a sua primeira instituição educacional para surdos.[3] Épee criou uma série de sinais gramaticais para representar as marcas gramaticais da língua francesa (denominas "sinais metódicos") e ensinou-os aos seus estudantes, para que estes conseguissem aprender a gramática da língua francesa. Na escola de Épée's, um grande grupo de crianças surdas vivia junto pela primeira vez, em França, e foi esta geração de falantes nativos que desenvolveu a AFSF e a tornou numa língua propriamente dita. A junção da SFSL, sinais metódicos e, possivelmente, outras influências, desenvolveram-se a criaram a LSF (ou langue des signes française). [editar] Estados Unidos da AméricaPouco se sabe sobre a língua de sinais nos EUA nos períodos anteriores a 1817. Nos tempos primordiais, nos EUA, uma vez que havia pouco contato entre as comunidades de surdos, uma linguagem baseada em sinais familiares era a forma de comunicação mais amplamente usada, entre surdos. No entanto, uma comunidade de surdos, em Martha’s Vineyard, nos finais do século XVII costumava usar uma língua natural de sinais. Desde 1690 até meados do século XX, existia uma percentagem elevada de surdez congénita em Martha’s Vineyard causada pelo efeito fundador. Isso fez com quase toda a população local tivesse contato com a língua de sinais. Calcula-se que 1 em cada 155 pessoas da ilha era surda, comparando com uma taxa de 1 para 5700 pessoas, nos outros locais dos EUA, durante aquele período específico. [editar] Índios das planíciesExistem relatos de que, em 1541, 1688, 1740, 1805, e 1828, os Índios das Planícies desenvolveram uma língua gestual para comunicar entre tribos de línguas diferentes. Acredita-se que esta língua gestual se tenha desenvolvido no baixo Rio Grande, antes dos europeus se estabelecerem nesta área, e que se espalhou para norte, tornando-se conhecida como Língua gestual dos Índios das Planícies (PISL). Não existem provas de que esta língua gestual tenha influenciado o desenvolvimento da ASL. Por volta de 1885, a PISL tinha cerca de 110,000 utilizadores, de índios de vários dialetos tribais. Esta não era uma língua exclusiva para pessoas surdas, antes era uma língua comum entre ouvintes de diferentes dialetos tribais.[4] [editar] Referências e fontes1.↑ CARVALHO, Paulo Vaz de. breve História dos Surdos no Mundo. [S.l.]: SurdUniverso, 2007. 140 p. 2.↑ De 500.000 a 2 milhões de usuários da ASL só nos EUA 3.↑ Padden, Carol A. - "Folk Explanation in Language Survival in: Deaf World: A Historical Reader and Primary Sourcebook, Lois Bragg, Ed." publisher = New York University Press, 2001,New York 4.↑ Farnell, Brenda. Do You See What I Mean? Plains Indian Sign Talk and the Embodiment of Action. University of Nebraska Press, Lincoln and London. 1995, p. 2. Groce, Nora Ellen, 1988, Everyone Here Spoke Sign Language: Hereditary Deafness on Martha's Vineyard, local:Cambridge, editora: Harvard University Press, ISBN 0-674-27041-X. Klima, Edward, and Bellugi, Ursula, 1979, The Signs of Language, local: Cambridge, editora: Harvard University Press, ISBN 0-674-80795-2. Harlan Lane, 1984, When the mind hears: A history of the deaf. New York: Random House. ISBN 0-394-50878-5. Scott Liddell, 2003, Grammar, Gesture, and Meaning in American Sign Language. Cambridge University Press. Padden, Carol; & Humphries, Tom, 1988, Deaf in America: Voices from a culture. Cambridge, MA: Harvard University Press. ISBN 0-674-19423-3. Oliver Sacks, 1989, Seeing voices: A journey into the land of the deaf. Berkeley: University of California Press. ISBN 0-520-06083-0. Stokoe, William C., 1976, Dictionary of American Sign Language on Linguistic Principles, editora: Linstok Press, ISBN 0-932130-01-1. William Stokoe, 1960, Sign language structure: An outline of the visual communication systems of the American deaf, Studies in linguistics: Occasional papers (No. 8). Buffalo: Dept. of Anthropology and Linguistics, University of Buffalo. Barnard Henry, 1852, Tribute to Gallaudet - A Discourse in Commemoration of the Life, Character and Services, of the Rev. Thomas Hopkins Gallaudet, LL.D. Ver página anexa: Lista de línguas gestuais

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

No tênis de mesa, Brasil é eliminado pela Polônia na disputa por equipes

.06/09/2012 10h04 - Atualizado em 06/09/2012 10h10 Bruna Alexandre e Jane Rodrigues se despedem nas quartas de final Por GLOBOESPORTE.COM Londres Comente agorasaiba mais Entenda os critérios de classificação funcional dos atletas paralímpicos Conheça melhor as 20 modalidades que integram o programa em Londres Polonesa bota Pistorius no bolso e diz: 'Deficiência não é o fim do mundo' Nesta quinta-feira, o ídolo virou algoz. Fonte de inspiração da brasileira Bruna Alexandre no tênis de mesa, a polonesa Natalia Partyka foi uma das responsáveis pela eliminação do último time do Brasil na competição por equipes das Paralimpíadas de Londres. Por 3 a 1, com duas vitórias na conta de Partyka, bicampeã paralímpica no individual, o país europeu garantiu a classificação às semifinais na disputa feminina das classes 6-10. Ainda nesta quinta, a dupla polonesa enfrenta a parceria da Turquia por uma vaga na decisão. O duelo entre Brasil e Polônia, válido pelas quartas de final, começou com comemoração verde-amarela. Bruna Alexandre, mais conhecida como Bruninha, bateu Karolina Pek por 3 sets a 1, com parciais de 11/8, 11/9, 8/11 e 11/5. Quando Natalia Partyka entrou em cena, porém, o panorama se inverteu. A campeã do torneio individual feminino dominou a brasileira Jane Rodrigues. Marcou 3 sets a 0 com muita facilidade (11/4, 11/3 e 11/2) e empatou o confronto. Partyka continuou em quadra e repetiu a atuação diante de Bruninha. Fã declarada da polonesa, a atleta de 17 anos mal viu a cor da bola e sequer pontuou na última parcial (11/3, 11/3 e 11/0). No quarto duelo do dia, Karolina Pek se recuperou da derrota na estréia e bateu Jane por 11/5, 11/7 e 11/6, selando a classificação polonesa e a eliminação brasileira.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Tênis de mesa: Brasil vence e segue na classe 6-10 do torneio por equipes

05/09/2012 21h09 - Atualizado em 05/09/2012 21h09 Dupla formada por Bruna Alexandre e Jane Rodrigues supera holandesas e vai lutar por vaga nas semifinais nesta quinta-feira nos Jogos de Londres Por GLOBOESPORTE.COM Londres 1 comentárioA vaga nas semifinais que escapou na disputa individual do tênis de mesa das Paralimpíadas de Londres 2012, poderá ser conquistada nesta quinta-feira por Bruna Alexandre no torneio por equipes da classe 6-10. Nesta quarta-feira, ao lado de Jane Rodrigues, ela bateu as holandesas por 3 a 2 e conquistou a única vitória brasileira do dia na modalidade em Londres. Diante da Holanda, Bruna Alexandre levou a melhor sobre Kelly Van Zonm e Wendy Schrijver. Mas Jane Rodrigues perdeu para ambas. O confronto foi decidido no jogo de duplas e terminou com vitória brasileira por 3 a 0. Nas quartas de final, às 11h (7h de Brasília) desta quinta-feira, Bruna e Jane enfrentam a Polônia, que conta com a medalhista de ouro no individual Natalia Partyka - atleta que também disputou as Olimpíadas em Londres. Pela manhã, o Brasil também esteve perto da vaga na classe 4-5 masculina em que Welder Knaf e Claudiomiro Segatto perderam para os alemães Dietmar Kober e Selcuk Cetin por 3 a 2 pela primeira fase. Na Classe 1-2 masculina, Iranildo Espíndola e Ronaldo de Souza perderam Jan Riapos e Rastislav Revucky por 3 a 0. Nas partidas da noite, na fase preliminar da classe 9-10, Carlos Carbinatti e Paulo Salmin perderam para a dupla da Malásia, Zhi Liang Kho e Mohamad Azwar Bakar, por 3 a 1. Na Classe 4-5 feminina, Joyce Oliveira e Maria Passos foram eliminadas nas quartas de final por 3 a 0 pelas sérvias Borislava Peric-Rankovic e Nada Matic.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Tênis em cadeira de rodas se despede de Londres sem medalha

.03/09/2012 13h55 - Atualizado em 03/09/2012 16h52 Últimos representantes da modalidade, Carlos Santos e Maurício Pomme param nas oitavas de finais ao perderem por 2 sets a 0 para holandeses Por GLOBOESPORTE.COM Londres Comente agoraO tênis brasileiro perdeu sua última esperança de medalha no Jogos Paralímpicos de Londres. A dupla formada por Carlos Santos e Maurício Pomme caiu diante dos holandeses Ronald Vink e Robin Ammerlaan por dois sets a zero, em partida que valia vaga nas quartas de finais. Demorou pouco mais de uma hora para a dupla da Holanda fazer 6/3 e 6/0 nos brasileiros. Carlos e Maurício erraram muito durante todo o jogo – foram 46 bolas erradas nos dois sets - e não conseguiram reagir diante do poderio dos adversários.

Tênis em cadeira de rodas se despede de Londres sem medalha

.03/09/2012 13h55 - Atualizado em 03/09/2012 16h52 Últimos representantes da modalidade, Carlos Santos e Maurício Pomme param nas oitavas de finais ao perderem por 2 sets a 0 para holandeses Por GLOBOESPORTE.COM Londres Comente agoraO tênis brasileiro perdeu sua última esperança de medalha no Jogos Paralímpicos de Londres. A dupla formada por Carlos Santos e Maurício Pomme caiu diante dos holandeses Ronald Vink e Robin Ammerlaan por dois sets a zero, em partida que valia vaga nas quartas de finais. Demorou pouco mais de uma hora para a dupla da Holanda fazer 6/3 e 6/0 nos brasileiros. Carlos e Maurício erraram muito durante todo o jogo – foram 46 bolas erradas nos dois sets - e não conseguiram reagir diante do poderio dos adversários.

Brasileiros ficam longe do pódio no penúltimo dia de provas do hipismo

.03/09/2012 13h48 - Atualizado em 03/09/2012 13h48 Elisa Melaranci é 10ª colocada; Marcos Alves a Davi Salazar são 10º e 11º Por GLOBOESPORTE.COM Londres Comente agoraO Brasil não conquistou medalhas no penúltimo dia de disputas do hipismo nas Paralimpíadas de Londres. Na disputa individual estilo livre da classe II, Elisa Melaranci encerrou a prova na 11ª posição. Na mesma categoria, mas com prova mista na classe Ib, Marcos Alves e Davi Salazar também ficaram distantes do pódio, com a 10º e a 11ª colocações, respectivamente. Davi Salazar se despede da prova na décima colocação geral (Foto: Guilherme Taboada / CPB) Filha de mãe brasileira e pai italiano, Elisa Melaranci foi a 11º colocada na disputa individual estilo livre da classe II. Montando Zabelle, a atleta brasileira somou 67.100 pontos. O ouro foi conquistado pela britânica Natasha Baker, com 82.800 pontos. As alemãs Britta Napel (77.400) e Angelika Trabert (76.150) levaram a prata e o bronze, respectivamente. O pódio foi exatamente o mesmo do campeonato individual, no sábado. Na prova individual estilo livre misto da classe Ib, os brasileiros Marcos Alves e Davi Salazar terminaram nas 10ª e 11ª colocações. Com o cavalo Luthenay e Vernay, Marcos somou 67.800 pontos. Montando Dauerbrenner, Davi marcou 66.300 pontos. O austríaco Pepo Puch, com 79.150 pontos, conquistou a medalha de ouro.

sábado, 1 de setembro de 2012

Bruninha perde de virada e fica sem vaga nas semifinais do tênis de mesa

.01/09/2012 22h59 - Atualizado em 01/09/2012 22h59 Brasileira de 17 anos é eliminada da classe 10, mas mantém objetivo de disputar Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio, em 2016 Por GLOBOESPORTE.COM Londres 1 comentáriosaiba mais Entenda os critérios de classificação funcional nas Paralimpíadas Conheça as modalidades disputadas nas Paralimpíadas Destaque brasileiro no tênis de mesa nas Paralimpíadas de Londres, Bruna Alexandre, a Bruninha, não conseguiu avançar às semifinais da classe 10, para amputados. A catarinense de apenas 17 anos começou vencendo e abriu 2 sets de vantagem, com parciais de 12/10 e 11/8. Mas a australiana Melissa Tapper reagiu e venceu as duas parciais seguintes, por 11/5 e 11/7. No desempate, a brasileira chegou a salvar um match point da rival, mas acabou perdendo por 11/9. - Vou seguir buscando o objetivo de disputar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio, em 2016. Agora é avaliar os erros e tentar melhorar - disse Bruninha. A mesatenista brasileira perdeu o primeiro duelo da classe 10 para a chinesa Lei Fan, por 3 sets a 2, mas venceu a partida seguinte, ao derrotar a francesa Audrey Mrovan por 3 sets a 1. Nesta quarta-feira, Bruninha retorna ao Complexo Excel para a disputa por equipe, ao lado de Jane Rodrigues. O objetivo profissional da jovem brasileira é conseguir índice para disputar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio, daqui a quatro anos. A inspiração de Bruninha é a polonesa Natalia Partyka, campeã paralímpica em Atenas-2004 e Pequim-2008 que está em busca do tricampeonato da classe 10 este ano. Além de ter disputado as Paralimpíadas de Sydney-2000 com apenas 11 anos, Natalia já participou de duas edições olímpicas, em Pequim e Londres.
Bruninha quer competir nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, no Rio (Foto: Reuters)

No hipismo, trio brasileiro fica longe do pódio na disputa individual

.01/09/2012 14h21 - Atualizado em 01/09/2012 14h21 .Elisa Melaranci é a 14ª na classe II, enquanto Davi Salazar é 11º e Marcos Alves termina em 14º na classe Ib Por GLOBOESPORTE.COM Londres, Inglaterra Comente agorasaiba mais Entenda os critérios de classificação funcional nas ParalimpíadasConheça as modalidades disputadas nas ParalimpíadasElisa Melaranci, Davi Salazar e Marcos Alves, o Joca, ficaram longe da briga por medalha no início das disputas individuais do hipismo das Paralimpíadas de Londres. Na classe II, Elisa terminou no 14º lugar, enquanto Davi foi 11º e Marcos ficou em 14º na classe Ib. Filha de mãe brasileira e pai italiano, Elisa conseguiu 66,952% de aproveitamento montando Zabelle. A britânica Natasha Baker foi ouro com 76.857. As alemãs Britta Napel (76.048 ) e Angelika Trabert completaram o pódio (76.000). Na classe Ib, Davi Salazar montou Dauerbrenner e teve 65,261% de aproveitamento. Joca, com Luthenay de Vernay, fez 62,609%. A grande surpresa na classe foi a derrota do britânico Lee Pearson, dono de nove ouros paralímpicos. Ele perdeu nas Paralimpíadas pela primeira vez e, com 75.391%, ficou com a prata. A vencedora foi a australiana Joann Formosa (75.826), e o austríaco Pepo Puch (75.043) levou o bronze.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Bruninha vence e fica a uma vitória das semifinais no tênis de mesa

.31/08/2012 19h07 - Atualizado em 31/08/2012 19h32 Brasileira de 17 anos sonha ser olímpica em 2016, no Rio de Janeiro Por GLOBOESPORTE.COM Londres Comente agoraBruna Alexandre, a Bruninha, conquistou a única vitória brasileira no tênis de mesa nesta sexta-feira nas Paralimpíadas de Londres e agora está a um jogo das semifinais da classe 10, para amputados. A catarinense derrotou a francesa Audrey Le Morvan por 3 a 1 e vai enfrentar a australiana Melissa Tapper. Bruninha tem 17 anos e sonha se classificar tanto para os Jogos Paralímpicos quanto para os Olímpicos em 2016, no Rio de Janeiro. A inspiração é a polonesa Natalia Partyka, campeã paralímpica em Atenas-2004 e Pequim-2008. Ela disputou Sydney-2000 com apenas 11 anos.
Bruninha vai disputar vaga nas semifinais neste sábado (Foto: Reuters)

Polonesa bota Pistorius no bolso e diz: ‘Deficiência não é fim do mundo’

31/08/2012 07h47 - Atualizado em 31/08/2012 09h22 Segunda paralímpica a disputar duas Olimpíadas, Natalia Partyka frisa ser tão estrela quanto sul-africano e cogita priorizar provas convencionais no Rio Por Cahê Mota Direto de Londres, Inglaterra Comente agoraO nome, sem maiores explicações, pode não representar muito sem aquela habitual pesquisa pela internet: Natalia Partyka. Provavelmente, nem mesmo a dica de que se trata de uma atleta paralímpica ajudaria muito. Ao contrário, por exemplo, da imponente “marca” Oscar Pistorius. Pois é, mas nem mesmo o sul-africano foi capaz de quebrar tantas barreiras como essa mesatenista polonesa. Com apenas 23 anos, ela busca em Londres o terceiro ouro em Paralimpíadas, na classe 10. Conquista até certo ponto iminente para quem bate no peito e se orgulha de ter no currículo duas participações nos Jogos Olímpicos. Natalia Partyka enm ação nas Olimpíadas deste ano (Foto: Agência AP)Campeã paralímpica em Atenas-2004 e Pequim-2008 (além de ter disputado Sydney-2000 com apenas 11 anos), Natalia pegou carona no “efeito Pistorius” e abriu os olhos do mundo ao chegar a terceira fase do torneio de simples das Olimpíadas de Londres. Na China, quatro anos antes, entretanto, a polonesa já tinha realizado a façanha de competir entre os convencionais. Já na Inglaterra, ela faz história ao repetir uma marca até então só alcançada pela americana Marla Runyan, deficiente visual que disputou os 1.500m metros entre olímpicos em Sydney-2000 e Atenas-2004. - Eu sou uma grande prova de que nada é impossível. Nada. Se você for deficiente ou não, você é capaz de fazer tudo que quiser. Talvez, algumas pessoas vão ter que trabalhar mais duro do que outras, mas uma deficiência não é o fim do mundo – declarou Partyka, que nasceu sem parte do braço direito. A polonesa divide com Pistorius condição de estrela em Londres (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)Favorita absoluta ao tri paralímpico, a polonesa, no entanto, garante não ter problemas com o assédio maior em cima de Pistorius. Apesar de admitir não saber o porquê da diferença de tratamento, ela sorri e garante se preocupar somente com seu jogo. Postura talvez de quem saiba que em quatro anos se tornará a primeira pessoa com deficiência a disputar três Olimpíadas. Mesmo que isso signifique dar um tempo no movimento de origem. - O mais importante para mim é voltar a participar das Olimpíadas. Já ganhei duas vezes as Paralimpíadas, estou buscando a terceira... Lógico que quero jogar e vencer mais uma vez, mas não tenho mais uma grande motivação como ainda tenho para os Jogos Olímpicos. Depois de vencer com facilidade (como de costume) a turca Umran Ertis em sua “reestreia” em Londres, Natalia Partyka atendeu a reportagem do GLOBOESPORTE.COM para entrevista exclusiva e cheia de personalidade. Consciente, a mesatenista admitiu ser, sim, um dos grandes nomes das Paralimpíadas, confessou também ser a grande favorita na luta por mais um ouro e relembrou o momento mais marcante de sua participação olímpica. Confira abaixo todo bate-papo: saiba mais Conheça as modalidades paralímpicas Entenda os critérios de classificação funcional dos atletas nas Paralimpíadas Qual o sentimento de voltar a este local após disputar as Olimpíadas? É muito legal voltar aqui. Principalmente por já saber como tudo funciona. Conheço a mesa em que vou jogar, a atmosfera, e isso tudo me ajuda bastante. Tenho boas lembranças das Olimpíadas. Poder voltar e jogar aqui novamente é uma felicidade. O que vem a sua mente quando pisa novamente no Excel? Quais as principais lembranças? Lembro que fiquei muito surpresa com meu primeiro jogo. Foi a última partida do dia e tinha muita, muita gente. Foi muito tarde, no fim da noite, e ainda começou com atraso. Sinceramente, achei que ia jogar para poucos e 90% do público esperaram e ainda torceu por mim. Foi incrível. Eu realmente não esperava. Normalmente, competições de tênis de mesa são vistas por 10, 20 pessoas, mas nas Olimpíadas estava lotado. Nossa, foi incrível. Mesmo sendo favorita destacada, Partyka não perde o foco nas Paralimpíadas (Foto: Reuters)Você já parou para pensar que você e Oscar Pistorius são as maiores estrelas dessas Paralimpíadas? Eu sei disso, mas procuro não pensar muito. Eu só quero jogar o melhor que eu posso. Tento manter o foco nisso. Quando começo a jogar, nada mais importa. Nem sei como explicar. Lógico que isso é legal, mas é normal para mim. Só penso em jogar. Na Vila Paralímpica, no convívio, alguma coisa mudou desde Pequim, quando você começou a jogar as duas competições? Pedem para tirar fotos, há assédio? Não, não. Há muitos grandes atletas. Provavelmente, eles me reconhecem, mas sou como todos. Você conseguiria explicar o motivo de tanta gente falar e valorizar o feito de Pistorius e te deixar um pouco “escondida”? Não. Não sei (risos). Talvez por ele ser do atletismo, que é mais popular que o tênis de mesa. Ou então por tentar ir para Pequim e não terem deixado. Ah, não sei...

Polonesa bota Pistorius no bolso e diz: ‘Deficiência não é fim do mundo’

31/08/2012 07h47 - Atualizado em 31/08/2012 09h22 Segunda paralímpica a disputar duas Olimpíadas, Natalia Partyka frisa ser tão estrela quanto sul-africano e cogita priorizar provas convencionais no Rio Por Cahê Mota Direto de Londres, Inglaterra Comente agoraO nome, sem maiores explicações, pode não representar muito sem aquela habitual pesquisa pela internet: Natalia Partyka. Provavelmente, nem mesmo a dica de que se trata de uma atleta paralímpica ajudaria muito. Ao contrário, por exemplo, da imponente “marca” Oscar Pistorius. Pois é, mas nem mesmo o sul-africano foi capaz de quebrar tantas barreiras como essa mesatenista polonesa. Com apenas 23 anos, ela busca em Londres o terceiro ouro em Paralimpíadas, na classe 10. Conquista até certo ponto iminente para quem bate no peito e se orgulha de ter no currículo duas participações nos Jogos Olímpicos. Natalia Partyka enm ação nas Olimpíadas deste ano (Foto: Agência AP)Campeã paralímpica em Atenas-2004 e Pequim-2008 (além de ter disputado Sydney-2000 com apenas 11 anos), Natalia pegou carona no “efeito Pistorius” e abriu os olhos do mundo ao chegar a terceira fase do torneio de simples das Olimpíadas de Londres. Na China, quatro anos antes, entretanto, a polonesa já tinha realizado a façanha de competir entre os convencionais. Já na Inglaterra, ela faz história ao repetir uma marca até então só alcançada pela americana Marla Runyan, deficiente visual que disputou os 1.500m metros entre olímpicos em Sydney-2000 e Atenas-2004. - Eu sou uma grande prova de que nada é impossível. Nada. Se você for deficiente ou não, você é capaz de fazer tudo que quiser. Talvez, algumas pessoas vão ter que trabalhar mais duro do que outras, mas uma deficiência não é o fim do mundo – declarou Partyka, que nasceu sem parte do braço direito. A polonesa divide com Pistorius condição de estrela em Londres (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)Favorita absoluta ao tri paralímpico, a polonesa, no entanto, garante não ter problemas com o assédio maior em cima de Pistorius. Apesar de admitir não saber o porquê da diferença de tratamento, ela sorri e garante se preocupar somente com seu jogo. Postura talvez de quem saiba que em quatro anos se tornará a primeira pessoa com deficiência a disputar três Olimpíadas. Mesmo que isso signifique dar um tempo no movimento de origem. - O mais importante para mim é voltar a participar das Olimpíadas. Já ganhei duas vezes as Paralimpíadas, estou buscando a terceira... Lógico que quero jogar e vencer mais uma vez, mas não tenho mais uma grande motivação como ainda tenho para os Jogos Olímpicos. Depois de vencer com facilidade (como de costume) a turca Umran Ertis em sua “reestreia” em Londres, Natalia Partyka atendeu a reportagem do GLOBOESPORTE.COM para entrevista exclusiva e cheia de personalidade. Consciente, a mesatenista admitiu ser, sim, um dos grandes nomes das Paralimpíadas, confessou também ser a grande favorita na luta por mais um ouro e relembrou o momento mais marcante de sua participação olímpica. Confira abaixo todo bate-papo: saiba mais Conheça as modalidades paralímpicas Entenda os critérios de classificação funcional dos atletas nas Paralimpíadas Qual o sentimento de voltar a este local após disputar as Olimpíadas? É muito legal voltar aqui. Principalmente por já saber como tudo funciona. Conheço a mesa em que vou jogar, a atmosfera, e isso tudo me ajuda bastante. Tenho boas lembranças das Olimpíadas. Poder voltar e jogar aqui novamente é uma felicidade. O que vem a sua mente quando pisa novamente no Excel? Quais as principais lembranças? Lembro que fiquei muito surpresa com meu primeiro jogo. Foi a última partida do dia e tinha muita, muita gente. Foi muito tarde, no fim da noite, e ainda começou com atraso. Sinceramente, achei que ia jogar para poucos e 90% do público esperaram e ainda torceu por mim. Foi incrível. Eu realmente não esperava. Normalmente, competições de tênis de mesa são vistas por 10, 20 pessoas, mas nas Olimpíadas estava lotado. Nossa, foi incrível. Mesmo sendo favorita destacada, Partyka não perde o foco nas Paralimpíadas (Foto: Reuters)Você já parou para pensar que você e Oscar Pistorius são as maiores estrelas dessas Paralimpíadas? Eu sei disso, mas procuro não pensar muito. Eu só quero jogar o melhor que eu posso. Tento manter o foco nisso. Quando começo a jogar, nada mais importa. Nem sei como explicar. Lógico que isso é legal, mas é normal para mim. Só penso em jogar. Na Vila Paralímpica, no convívio, alguma coisa mudou desde Pequim, quando você começou a jogar as duas competições? Pedem para tirar fotos, há assédio? Não, não. Há muitos grandes atletas. Provavelmente, eles me reconhecem, mas sou como todos. Você conseguiria explicar o motivo de tanta gente falar e valorizar o feito de Pistorius e te deixar um pouco “escondida”? Não. Não sei (risos). Talvez por ele ser do atletismo, que é mais popular que o tênis de mesa. Ou então por tentar ir para Pequim e não terem deixado. Ah, não sei...

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Brasil não tem bom início na disputa por equipes do hipismo em Londres

No primeiro dia das Paralimpíadas, Elisa Melaranci fica na 20ª posição da classe II, enquanto Davi Salazar é nono e Marcos Alves é 11º na classe Ib Por GLOBOESPORTE.COM Londres, Inglaterra Comente agorasaiba mais Entenda os critérios de classificação funcional dos atletas nas Paralimpíadas Conheça melhor as 20 modalidades O Brasil não teve um início muito bom na competição mista por equipes do hipismo nas Paralimpíadas de Londres. Na classe II, Elisa Melaranci terminou a disputa na 20ª posição entre 22 atletas na competição por equipes. Na classe Ib, Davi Salazar foi o nono, e Marcos Alves, o Joca, ficou em 11º entre 15 participantes. A equipe brasileira conta ainda com Sérgio Oliva, que estreia nesta sexta-feira na classe Ia. O resultado final é uma combinação das três melhores pontuações das provas por equipe e individuais e só será conhecido no dia 4 de setembro, último dia de disputas do hipismo. Elisa Melaranci, montando Zabelle, foi a primeira representante do país na arena do Greenwich Park para a competição mista por equipe. Nascida em Roma, na Itália, a atleta de 23 anos entrou na equipe titular há menos de um mês, no lugar de Vera Lúcia Mazzilli, e ficou na 20ª posição, com aproveitamento de 59,905%.
Davi Salazar ficou na nona colocação classe Ib nesta quinta-feira (Foto: Patrícia Santos / CPB)- Como eu ainda não tenho muita confiança com a minha égua, tentei me fixar, me concentrar, ficar só eu e ela nessa pista. Não estou muito satisfeita com o resultado, ela estava um pouco com medo. Mas eu consegui controlar a égua e continuei até o final - explicou Elisa. Mais tarde, Davi Salazar teve o melhor desempenho brasileiro, montando Dauerbrenner, ficando em nono na classe Ib com aproveitamento de 66,682%. Marcos Alves ficou logo atrás, no 11º lugar, com 65,682% montando Luthenay de Vernay.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Quebrando as barreiras

Estrela maior das Paralimpíadas, o velocista sul-africano quebrou barreiras ao lado da mesa-tenista polonesa Natalia Partyka ao participar dos Jogos Olímpicos de Londres e colocar em evidência as habilidades dos portadores de deficiência diante de esportistas “convencionais”. Semifinalista nos 400m rasos e finalista no revezamento 4 x 400m, Pistorius realizou na Grã-Bretanha um sonho que foi acompanhado de perto por amantes do esporte nos últimos quatro anos e contribuiu (bastante) para que as Paralimpíadas de 2012 garantissem antecipadamente o maior público de sua história. Se Pequim-2008 já foi um “ponto fora da curva” com arenas lotadas e presença recorde de 1.8 milhão de torcedores, em Londres a exceção começa a virar regra. Com três semanas de antecedência, 2.1 milhões de ingressos já tinham sido vendidos, garantindo uma lotação de cerca de 80% nas disputas que acontecem até o próximo dia 9 de setembro. Brasil projeta inédito sétimo lugar E se Londres surge como palco da maior profissionalização do movimento paralímpico, o Brasil chega à capital britânica no embalo dessa tendência e com a perspectiva de realizar a melhor campanha de sua história. Enquanto no mundo olímpico a realidade ainda está distante do primeiro escalão, no esporte para portadores de deficiência o país é uma potencia emergente que tem como meta alcançar a sétima posição no quadro de medalhas.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Têns de mesa

Hipismo

09/02/2012 O mês de fevereiro começa com uma ótima notícia para o esporte paraolímpico brasileiro. O País já tem 117 vagas garantidas para os Jogos Paraolímpicos de Londres, que acontecem entre os dias 29 de agosto e 9 de setembro. O número deve aumentar ainda mais. No entanto, diferente de Pequim, em 2008, quando o Brasil levou 188 atletas, neste ano a meta é prezar mais pela qualidade do que pela quantidade. "Já temos um número expressivo no começo do ano. Já estamos qualificados em 15 modalidades e estamos na briga por vagas na esgrima, tiro com arco, halterofilismo e tênis em cadeira de rodas. É um início de ano, sem dúvida, animador. Nosso objetivo não é ter a maior delegação, mas sim a melhor para alcançarmos nossas metas técnicas em todas as modalidades e nosso objetivo de ficar em sétimo no quadro geral de medalhas", afirmou o presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro, Andrew Parsons. Com 13 vagas certas, duas a mais que em Pequim, o presidente da Confederação Brasileira Tênis de Mesa, Alaor Azevedo, está entusiasmado com a evolução da modalidade. "Hoje são 13, mas podemos chegar a 15. O número é expressivo e mostra evolução do tênis de mesa brasileiro. Levamos 11 atletas para Pequim e conseguimos uma medalha de prata. No Parapan, conquistamos 57% das medalhas de ouro possíveis e estamos confiantes no desempenho dos nossos atletas. Teremos 50% de renovação na Seleção Brasileira desde a última Paraolimpíada. Temos uma equipe bem preparada, que tem participado de vários abertos nos últimos dois anos e se destacado. Os mais novos chegarão em Londres com experiência", disse Azevedo. Entre as dez maiores potências do mundo no hipismo, o Brasil tem garantidas quatro vagas em Londres. Três delas já têm dono. "Recebemos a notícia na sexta-feira e estamos muito animados. Nossa expectativa era conseguir esse número de vagas e o desempenho do Brasil no torneio qualificatório da Itália, no ano passado, foi fundamental. Representarão o Brasil no Adestramento os cavaleiros Marcos Alves (o Joca), Sérgio Oliva e a amazona Vera Mazzilli. A quarta vaga será definida entre os dias 18 e 22 de abril, no torneio internacional que acontecerá em Brasília", afirmou Marcela Parsons, diretora da modalidade no Brasil

sábado, 18 de agosto de 2012

Têns para cadeirante

Carlos Alberto Chaves dos Santos está na sua terceira Paraolimpíada e defenderá o Brasil na equipe de Tênis em cadeira de rodas; Santos também já integrou a equipe nacional de basquete e praticou diversas modalidades Funcionário do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) foi convocado para os Jogos Paraolímpicos de Londres 2012. Carlos Alberto Chaves dos Santos defenderá o Brasil na categoria Tênis em cadeira de rodas. O servidor pratica tênis há nove anos, o atleta já praticou outras modalidades como basquete, natação, pólo-aquático, atletismo e vôlei. Carlos faz parte com outros seis atletas da Seleção Brasileira de Tênis em cadeira de rodas que representarão o Brasil. Carlos Alberto tem vasta experiência em competições e já está na sua terceira Paraolimpíada, Santos conta que antes fazia parte da Seleção Brasileira de Basquete em cadeira de rodas, mas, em 2003, resolveu pedir afastamento da equipe para tentar uma vaga pelo Tênis em cadeira de rodas nos Jogos Paraolímpicos de Atenas em 2004. A decisão foi acertada, com muito esforço e dedicação, o tênis levou o atleta a sua primeira Paraolimpíada. A Delegação Brasileira para os Jogos Paraolímpicos de Londres 2012 será formada por mais de 300 pessoas entre 182 atletas (115 homens e 67 mulheres), além de guias, técnicos, auxiliares e profissionais na área de saúde.

domingo, 12 de agosto de 2012

Escola para Surdo

Por LUIZ ALBÉRICO B. FALCÃO Uma coisa é certa, o trem da história não passou por aqui sem registrar tamanha façanha de contemplar o surdo falar com todos os seus gestos, amar com todos os seus sentidos, viver com toda a sua alma, sonhar com toda a nossa gente em harmonia societária, significativamente Ser especial, como todos nós. FALCÃO, 2006 Palavras-chave: Educação de surdos, inclusão social, formação de educadores bilíngües Deaf education, education, social inclusion Introdução Abordar a temática da vida dos surdos nos últimos 20 anos é uma odisséia e um risco. Odisséia porque nunca, em tão pouco tempo, a visibilidade da heterogeneidade e a diversidade estiveram tão presentes na vida dos brasileiros, risco porque atentamos para a ousadia e possíveis erros de não agradar a todos ou mesmo também, em alguns momentos deixarmos de referendar tamanhos valores na literatura e na ciência. Estudiosos que voltados ao ensino, à educação, à família e à vida em sociedade dos surdos não poderiam deixar de serem referenciados, são pesquisadores como TEREZINHA NUNES nossa conterrânea e outros pesquisadores: MORENO, BRYANT, BULL, MARSCHAK E VALLEE, SKLIAR, VYGOTSKY, LURIA e LEONTIEV na Europa e na América do Sul. No Brasil, não poderiam ser esquecidos, MÁRCIA GOLDFELD, EULÁLIA FERNANDES, TÂNIA FELIPE, MARIANA STUMPF concluídos seus estudos de doutorado em Porto Alegre, FABIANO cursando o mestrado na UFSC, entre outros. O “boom” na visibilidade das pessoas surdas, portanto veio a acontecer justamente no final do milênio, entre a década 80 e 2000 se espalhando por todas as esquinas do nosso “brasilzão” e, mais ainda, a partir da publicação recente de lei e decreto, respectivamente, de reconhecimento e regulamentação da Libras – Língua Brasileira de Sinais, que legitimam a luta social pelo respeito às diferenças e a diversidade. Os mecanismos de acessibilidade, portanto, são recentes e sujeitos a muitas dúvidas e incertezas até porque, uma mudança de paradigma não ocorre por Decreto, a fase de transição é demorada e construída com “trincheiras” que muitas vezes se atropelam pela ânsia do fazer acontecer, além da influência cultural herdada por nossos patrícios de (re-)construção pacífica e cíclica da nossa história. O grande aspecto positivo desta odisséia é a de proporcionar atividades que levam a reflexão por serem extremamente importantes para a construção de argumentos e fundamentação uma vez que, somos formadores de opinião e esta linha de pesquisa além de ser muito recente, se apresenta com uma diversidade muito peculiar de uma sociedade plural e multicultural, ambiciosa e inquieta, culturalmente rica, mas pobre de leitura e de leitores que sedimentem os saberes vivenciados numa prática mais profícua e duradoura. Uma coisa é certa, o trem da história não passou por aqui sem registrar tamanha façanha de contemplar o surdo falar com todos os seus gestos, amar com todos os seus sentidos, viver com toda a sua alma, sonhar com toda a nossa gente em harmonia societária significativamente em Ser especial como todos nós. A Diversidade No cenário escolar não é exclusividade a presença de surdos, existe toda uma diversidade de gêneros, etnias, alunos com dificuldades de aprendizagem e necessidades educacionais especiais desde a hiperatividade, autistas, transtornos e déficits de aprendizagem, crianças superdotadas, com deficiências sensoriais, motoras, mentais, múltiplas deficiências e os surdos que por sua vez não devem mais serem vistos como culturalmente são identificados na sociedade participantes do grupo das “pessoas com deficiência”, fato este, que requer um atendimento clínico, por refletir-se no modelo terapêutico de uma patologia, contudo, trata-se de alguém que possui uma diferença, Apresentam um canal visual-gestual de comunicação. O estigma de o surdo ser uma pessoa deficiente resolveu, no passado, um problema político ideológico de verticalização e afastamento do “defeito” daquilo que é “perfeito” e “produtivo”. Historicamente veio provocando discriminação, preconceito, conflitos sociais e cognitivos irreparáveis. Este modelo manteve-se alijado da sociedade civil e perdurou durante séculos, a mercê dos ditames políticos que historicamente prestigiaram o poder e a perfeição do belo pelo olhar do mercado, do consumo e do bem capital, como privilégio daquele que melhor produz e mais rapidamente consome para poder ser (re-)aproveitado na frente de produção de qualquer indústria “fabricareira” de produtos humanos. Esta indústria modelar tem nome e endereço certo, tem receita, recursos, produção de massas e ainda é legitimada pelo sistema ideológico vigente, esta indústria chama-se e-s-c-o-l-a. Das diferentes formas de como lidar com cada uma das especificidades humanas, nas sedes destas diversas “indústrias modelares”, também não se podia esperar pela excelência dos centros formadores, pois nem eles, ou ninguém soube o que fazer ou como proceder com “máquinas defeituosas” que não poderiam mais ser lançadas para reciclagem ou acumuladas aos lixos inorgânicos, se dantes eram lançados em cubículos escuros à própria sorte da vida e mantidos, em alguns casos, pela assistência previdenciária do país, hoje reverberam conhecimento científico, cultura, produção social e acumulam riquezas, pagam impostos, são visíveis. No tocante ao planejamento e modelos de fabricação produzidos na escola, ainda apresenta-se “maquetipado” por um denominador curricular indiferente aos vislumbres e habilidades que por ventura surgiriam, não do nada, mas de forças interiores que justificam a natureza e a vida no planeta Terra. A diversidade cultural da população brasileira tem uma característica mais atual e incomum de convivência pacífica, mas não submissa e nem subserviente. O modelo multicultural é uma perspectiva humanizadora e contempla a natureza da humanidade. Assim, oportunizar nos espaços sociais uma leitura de mundo neste direcionamento é antes de tudo valorar a vida em harmonia na sociedade. As diversas conquistas das pessoas surdas tanto no mercado de trabalho como nas universidades ainda não garantem acesso nem inclusão social para os surdos. Os movimentos sociais ainda permitem-se existir pela desigualdade de direitos e falta de atenção diferenciada que promova a interação social com consciência cidadã. Modelos de Inclusão Bilíngüe e a Escola Numa abordagem sensível e humanizadora, procura-se potencializar no educando oportunidades e habilidades pessoais. Assim, o entendimento sai da esfera do preconceito e da discriminação da pessoa com deficiência, e se qualifica pela oportunidade e respeito de ser diferente despertando para novas formas de interação com o mundo e com relação aos surdos, numa perspectiva lingüística de comunicação, expressão, percepção e interação com o meio, enquanto cidadão consciente, participativo e interativo através da Libras – Língua Brasileira de Sinais oficialmente reconhecida como língua materna dos surdos. Aprende-se Libras para conhecer melhor as pessoas, o mundo, o pensamento, refletindo, construindo e constituindo-se de amor e respeito pelas diferenças. Aprender Libras é respirar a vida por outros ângulos, na voz do silêncio, no turbilhão das águas, no brilho do olhar. Aprender Libras é aprender a falar de longe ou tão de perto que apenas o toque resolve todas as aflições do viver, diante de todos os desafios audíveis. Nem tão poético, nem tão fulgaz.... apenas um Ser livre de preconceitos e voluntário da harmonia do bem viver. Nesta perspectiva de agregar valores além da Língua Portuguesa, a Libras se apresenta como intensificador da formação bilíngüe, Libras e Língua Portuguesa. Desperta-se com um salto qualitativo no ensino público superior em alguns estados brasileiros, e ainda mais, na qualidade da formação profissional e educação continuada das diversas profissões e espaços sociais existentes sensíveis e aflitos pela concretização por mudanças sociais. A Formação de Educadores e a Educação de Surdos A educação inclusiva na educação de surdos no final do século passado apresentava a oralidade como fundamentação pedagógica, não existia a figura do intérprete em sala de aula e os surdos eram discriminados e marginalizados pela grande maioria das pessoas justamente por não saberem como lidar com esta especificidade, o ciclo vicioso confirmava a deficiência e o atraso na aprendizagem, não se aprendia como lidar, como se comunicar e a quem servir enquanto modelo verticalizado de ensino e formação. Os saberes docentes eram baseados na criatividade e na sensibilidade pessoal e quem deteve este conhecimento, se mantinha manipulador das tendências pedagógicas, fato que, ainda se observa na maioria dos conteúdos curriculares dos cursos de formação de professores e educação continuada, num modelo conceituado como terapêutico por se reconhecer e valorizar os aspectos nosológicos e medicamentosos cujo conteúdo se apresenta híbrido e monopolizado e por vezes manipulador como formador de opinião. Uma alternativa salutar para este impasse entre os saberes espontâneos e os científicos (re-)surge com a universalização da Libras e a sua oficialização nos cursos de formação de professores e demais cursos de educação, licenciaturas e fonoaudiologia. Os centros de formação e as universidades recebem a responsabilidade de transpor este modelo casuístico e conteudista, contudo, não existem profissionais qualificados para este fim, é como se rodassem em círculos, alimentando-se da própria inoperância. Não houve formação ao longo da história. Os recursos humanos são insuficientes e inoperantes para atender ao mercado. Eis o dilema: não existem surdos (qualificados para o ensino superior) para a educação de surdos. São muitas dificuldades por falta de surdos nos cursos universitários e de pós-graduação. Pela falta de adequação curricular, muitos desistiram por não conseguirem transpor a barreira da formalização dos conhecimentos através da escola. A responsabilidade do ensino dos surdos ainda vai permanecer por muito tempo nas mãos dos ouvintes, segundo o modelo universitário vigente no país, a formação de professores ouvintes fluentes em Libras permanecem assumindo este ensino até que algum dia os surdos consigam, de forma universal assumir o seu papel social de professor e pesquisador universitário. Inclusão x Exclusão Social O conceito de inclusão vem se apresentando como exemplo de (re-)conhecimento social, beleza e desejável numa ampla reforma educacional. Na prática, porém, funciona como exclusão. Exclusão da relação inter e intrapessoal e da comunicação, exclusão da real participação, convivência e interação, tanto no ambiente escolar, como muito mais ainda no ambiente familiar que não desperta do luto da deficiência, permanece no argumento da perfeição e de que o filho de forma compensatória é capaz de realizar, sem perceber-se como modelo híbrido na formação da personalidade autônoma. Existe toda uma discussão filosófica, educacional e psicológica na constituição da personalidade e da educação das pessoas para conviver em sociedade. A criticidade e a revolução educacional são caminhos que estruturam e se baseiam na fundamentação ideológica do que é ensinar-aprender e muito mais ainda no papel da escola como emancipadora e estimuladora da autonomia apoiados invariavelmente pelo espaço familiar. Repensar o papel do binômio família-escola na educação de surdos é, acima de tudo, fundamentar e conceituar a acessibilidade e a inclusão social que carecem de conhecimento integrado entre os saberes populares e científicos. A presença articulada e interagida como forma complementar e convergente se refletem no discurso de FELIPE (2003) “A Educação para Surdos não pode se resumir a uma escolarização repassada por um intérprete, os novos embates e debates, agora, à luz de uma Escola Inclusiva que pressupõe uma Sociedade Inclusiva, não poderão mais ficar em dualismos maniqueístas: ouvintes x surdos, Escola Ensino Regular x Escola e Ensino Especial, Escola de Surdos x Escola de Ouvintes, que subjazem uma ideologia conservadora. O debate agora será em torno de um novo paradigma: uma Escola para Surdos e para Todos, porque nessa Escola, como GADOTTI (1989) afirma “a tarefa da educação” será “a tarefa essencialmente ligada à formação da consciência crítica. Quero dizer que identificaremos educar com conscientizar. O papel da conscientização de que nos fala Paulo Freire é essa decifração do mundo, dificultada pela ideologia; é esse “ir além das aparências”, atrás das máscaras e das ilusões, pagando o preço da crítica, da luta, da busca, da transgressão, da desobediência, enfim, da libertação” (FREIRE, 1995 e 2000)”. É essencial para as crianças surdas utilizarem a Língua de Sinais de sua comunidade com seus pais, com os profissionais da área educacional e com as pessoas de convívio mais próximo para que garanta o desenvolvimento psíquico, social, político e psicológico. É de fundamental importância a interação entre as crianças na sociedade, sem formação de guetos nem de comunidades isoladas, onde todos convivem e interagem física e linguisticamente. A convivência interpessoal e dialética deve ser percebida com naturalidade e refletida sobre os papéis sociais cuja vida, dignamente vivida, funciona como referencial histórico e cultural e não como modelo para ninguém. É preciso atribuir perspectivas e possibilidades humanas entendendo o surdo como um ser eficiente, que se comunica por outro canal e, conseqüentemente, tem outra língua. Uma Experiência, Reflexo do Paradigma da Educação A pouca qualificação profissional de professores e intérpretes atrelados a um contexto curricular defasado e carente de significados em sala de aula, repercute-se no abandono da escolarização e nos baixos níveis de satisfação, auto-estima e valoração do papel social da escola. Numa sala inclusiva onde todos recebiam os mesmos conteúdos diários surgiram dezenas de conflitos, as críticas à metodologia e a postura dos professores e intérpretes em sala de aula como: excesso de termos para conceituação, comunicação verbalizada rápida, sem direcionamento físico para os surdos com verbalização de costas para a sala e sem articulação labial fonética acessível para leitura labial, vocabulário rebuscado e repleto de sinônimos descontextualizados à Libras. Estes foram alguns dos pontos mais críticos observados pelos surdos na avaliação pedagógica. Abaixo alguns relatos de surdos sobre a qualidade do ensino e as necessidades para obter aprendizagem: “Também os professores falam muito, não tem claro, mas os surdos sempre olham o intérprete, não tem claro, não é igual aos professores. As matérias são muito difícil... os surdos não dá memória essa as matérias diferentes, também os ouvintes não tenha ajudam”(Depoimento de um pré-vestibulando) Outros conflitos na relação com os ouvintes que chegavam à sala mais cedo e guardavam lugar para os colegas que “tomavam” os lugares dos surdos que queriam sentar na frente. Mas os surdos não se esforçavam para chegar cedo, sempre atrasados quase 1 hora. “Na aula, os ouvintes surdos conclusão atrapalha um pouco mas professores falam muito rápido e muito escreve complicado quadro”. (Depoimento de um pré-vestibulando) Muitos desistiram do curso para trabalhar ou porque não acreditavam nas suas potencialidades acadêmicas. No final apenas oito chegaram ao vestibular. Nenhum sequer passou na primeira fase. “Acho impossível falou os surdos tem 10% de redação igual ouvinte nossos surdos estamos dificuldade de fazer uma redação perfeito como podemos fazer isso. Nós estamos com medo perder para futuro universidade acho perdemos este ano vestibular”. (Depoimento de um pré-vestibulando) Assim concordamos com o professor SKLIAR quando afirma que A escola atual não proporciona oportunidades para o desenvolvimento das identidades pessoais, ao contrário, dá-se prioridade às habilidades técnicas que são sugeridas pela lógica contemporânea do mercado. Esta lógica impõe, por exemplo, a inclusão de surdos em escolas regulares, justificando tal decisão com argumentos do politicamente correto, do fazer surdos mais eficazes, mais eficientes. SKLIAR, 1999, p.08 Consciência Social Inclusiva A construção de uma consciência social inclusiva se afirma pela livre convivência e pelo conhecimento e reconhecimento da diversidade como pluralidade e respeito às diferenças. A Libras, portanto, assume um papel lingüístico de permitir a comunicação, a interação social e a constituição da própria personalidade. É uma característica diferenciadora dos animais. A Libras como língua oficial é patrimônio da população brasileira, este status deve ser garantido não apenas por Decreto, mas acima de tudo, como motivação societária e sua utilização deve ser assumida em todos os currículos escolares e em todas as salas de aula como disciplina regular, tão mais do que as línguas estrangeiras, servindo de atributo social, político, econômico e cultural da população. A interação familiar possibilita a aquisição de valores culturais e morais imprescindíveis na formação da pessoa cidadã. Acreditamos que quando todos que compõem a sociedade brasileira souberem se comunicar fluentemente em Libras e com os surdos, poderemos interagir idéias e costumes universais rompendo barreiras sociais, divergindo dos preconceitos e convergentes para a consciência de sociedade inclusiva. FALCÃO, LUIZ ALBÉRICO é cirurgião-dentista, professor de Sociologia da Saúde na Universidade de Pernambuco e coordenador de ensino do Curso de Leitura, Interpretação e Comunicação da Língua Brasileira de Sinais – Libras nas Universidades Federal Rural de Pernambuco - UFRPE; Universidade Federal de Pernambuco-UFPE e na Universidade de Pernambuco- UPE. FALCÃO, também, é aluno do Curso Técnico Tradutor-Intérprete de Libras e coordenador do Núcleo de Acessibilidade, Inclusão Social e Libras, além de Conselheiro do CONED-PE E-mail: luiz_alberico@yahoo.com.br

sábado, 14 de julho de 2012

Quando o amor quebra o silêncio

Determinação de pais de filhas surdas melhora vida de centenas Família faz do diagnóstico de surdez de duas filhas impulso para transformar a vida não só das garotas, hoje prestes a concluir a universidade, mas de centenas de outros jovens. Nos idos dos anos 1980, uma descoberta que tinha tudo para ser preocupante mudaria por completo a vida do jovem casal Maria Helenice e Milton Gontijo e, indiretamente, as de centenas de outros jovens dependentes de cuidados especiais. Era 1987 e a família morava em Arinos, no Noroeste de Minas, a 650 quilômetros de Belo Horizonte. Maria Helenice estava grávida do caçula, Milton Junior. A filha mais velha, Raiane, tinha 2 anos e Rejane, 7 meses quando os pais descobriram que os ouvidos das meninas eram incapazes de perceber as vozes do mundo. Mas não as do coração. Daí veio a força para, 22 anos depois, comemorarem a vitória de ver os três filhos na faculdade e mais de 200 outros jovens amparados pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Arinos, fundada pelo casal.Esse é apenas o resumo da ópera da família Gontijo, um concerto embalado pelas notas do silêncio e composto pela solidariedade e a fé. Amadurecido pelo desafio da surdez, agora esse quinteto pode se orgulhar de levar uma vida normal,com sutis adaptações. Mensagens de e-mail e celular são arranjos da sinfonia. As mãos ganharam habilidades de um regente, que por meio de sinais, comanda uma orquestra. É exatamente por meio delas que, apesar da ausência do som, a família pode dizer com todas as letras a palavra superação. E haja motivos para isso.Falta um ano para Raiane, de 24, que tem 15% da audição, tornar-se fisioterapeuta. Com 5% da capacidade auditiva, Rejane, de 22, também está prestes a concluir o curso de moda e, atualmente, dedica-se ao estágio na grife de sapatos Paula Bahia. Ouvinte, Milton Junior, de 21, é o único longe da família, que em 2006 se mudou para BH em busca de mais oportunidades para os filhos. Em Ouro Preto, na Região Central, o caçula cursa engenharia de controle e automação. "Sempre falei que todos iam fazer faculdade. A família tem que acreditar no potencial dos filhos", afirma Maria Helenice, de 53, que prefere ser chamada de Leninha e, atualmente, é articuladora institucional de saúde da Apae BH. BATALHA Apesar das conquistas, enfrentar a surdez das filhas não foi tarefa fácil. O diagnóstico de Raiane representou para Leninha um choque e, ao mesmo tempo, a certeza de que Rejane também carregava limitações semelhantes. Sem falar do medo de que a dificuldade afetasse também o neném que estava por vir, já que a suspeita é de tratar de característica hereditária. "Como minhas filhas não podem cantar, achava que também não podia. Choravam e eu chorava junto, porque não conseguia me comunicar com elas", conta a mãe. A primeira reação foi procurar, em BH, Brasília, São Paulo, Montes Claros e Bauru (SP), médicos que dessem diagnóstico contrário.A busca apenas confirmou o quadro, difícil de ser enfrentado numa cidade de 20 mil habitantes e sem estrutura para portadores de deficiência. "Diante dos desafios, há dois caminhos: ficar refém ou encarar, transformando a dor em amor, buscando conhecimentos, acreditando na capacidade de superação e na fé", resume Milton, de 50, gerente de Recursos Humanos. Atrás de tratamento e educação especializada, Leninha se mudou com os filhos para BH e, depois, para Unaí, município próximo a Arinos, onde Milton continuou morando. Antes disso, foram incontáveis viagens enfrentando estrada de terra para levar as meninas a consultas com fonoaudiólogos, médicos e psicólogos.Ao retornar à cidade, o desafio dos Gontijo já não era cuidar de Raiane e Rejane, mas de todos os portadores de deficiência. A tia das garotas, Lindaura, foi à capital federal aprender a Língua Brasileira de Sinais (Libras), instrumento fundamental para as sobrinhas e demais surdos se comunicarem. Em 1993, fundaram a Apae na cidade, instituição dirigida pelo casal por 15 anos e que hoje, com nova direção, presta assistência a 206 pessoas. “Aprendemos a olhar além de nós mesmos. Somos testemunhas do que diz São Francisco de Assis: ‘É dando que se recebe’. Se você abre seu coração ao próximo, a vida presenteia você”, diz Milton. PRESENTES Quer melhor recompensa do que o sorriso das filhas? Praticamente independentes, as jovens hoje se dedicam a realizar os sonhos. “Estou me sentindo muito feliz. Meus pais me estimularam a fazer a faculdade e me sinto muito bem desenhando no meu estágio. Tenho uma família unida, desde criança, quando a nossa comunicação ainda era mais difícil”, conta Rejane, por meio do intérprete e pedagogo Silvestre Ferreira, que a acompanha no estágio e auxilia as irmãs no aperfeiçoamento da linguagem de sinais.Com Raiane não é diferente. “Amo fisioterapia. Meu grande sonho é trabalhar num hospital com geriatria. Considero-me vitoriosa, pois superei muitos desafios na minha vida.” Uma receita de esforço, com tempero especial das mãos. “Minhas mãos falam e meus olhos são meus ouvidos”, define a jovem de estilo, a começar pelos olhos – um azul e outro castanho. “Meus desafios agora são me formar, conseguir trabalho e ser independente. Mas acredito que falta à sociedade atitude para aproximação”, afirma. “Você pode ter a legislação que for, mas pessoas precisam entender que não pode haver egoísmo nem discriminação”, defende Leninha. Uma vida agitada, mas que dispensa o barulho. Assim é a rotina da estudante de moda Rejane Gontijo, de 22 anos. O Estado de Minas acompanhou um dia da jovem, que empurrou os obstáculos da surdez para escanteio e tem se dado bem na profissão. Atualmente, ela se divide entre o penúltimo período de moda no Centro Universitário UNA e um cobiçado estágio na grife de sapatos Paula Bahia. Dedicada ao extremo, Rejane, que tem a audição comprometida em 95%, mostra que, quando há paixão, nem as barreiras do silêncio são empecilho para vencer.“Sempre ficava olhando e admirando roupas, bolsas e sapatos. Desde 2001, decidi que queria fazer o curso. Percebo que, por ser surda, tenho muita atenção visual e a moda está muito relacionada ao visual”, afirma Rejane. Na fábrica de sapatos, a jovem, junto com a estagiária Marcela Bahia, de 20, e sob a supervisão de Paula Bahia, desenha o vestido que as modelos usarão no desfile da grife no evento de moda Minas Trend Preview, nesta semana. “Fico impressionada com a determinação e a gentileza dela.Tento passar para a Rejane o que estamos fazendo e pensando Nem que precise de mímicas, de escrever”, conta a empresária O intérprete Silvestre Ferreira acompanha a estudante no estágio, facilitando o aprendizado e a comunicação com os profissionais. Como sua capacidade de ler lábios é restrita, é pelos sinais das mãos que Rejane consegue mergulhar no mundo do conhecimento. Um intérprete também a auxilia na faculdade, traduzindo, simultaneamente, o conteúdo da aula para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). “A Rejane tem um grande destaque na área de criação. É uma pessoa muito dedicada e que está brilhando”, ressalta a coordenadora do curso de moda da UNA, Renata Lunkes. Atualmente, os alunos da graduação estão desenvolvendo projetos relacionados à moda inclusiva, criando peças especiais para pessoas com alguma deficiência. “No caso do surdo, podemos explorar a textura do tecido, o cheiro”, comenta Renata, destacando que a iniciativa culminará com um desfile em 2010. “E, se Deus quiser, a Rejane vai estar na passarela”, comenta: DESAFIOS Apesar dos esforços, a inclusão de surdos ainda esbarra em questões simples, como a presença de intérpretes na universidade, determinação da lei, e o vocabulário das áreas de conhecimento. Muitas vezes, a Libras não consegue acompanhar tamanho detalhamento técnico. A irmã de Rejane, Raiane, de 24, estudante de fisioterapia, também é surda e percorreu várias universidades até que encontrasse uma com intérprete. “Toda faculdade precisa ter inclusão. No caso dos surdos, é preciso haver um intérprete. Mesmo assim, sinto que a comunicação com meus colegas e o aprendizado de nomes científicos nos meus estudos ainda são obstáculos no dia a dia”, explica Raiane.

Casamento especial