quinta-feira, 25 de abril de 2013

NÃO GOSTO DA MINHA VOZ – POSSO MUDÁ-LA ?




Sim, você pode! 

A voz é uma dádiva. É um atributo que somente o
ser humano tem, como forma de comunicação pela palavra falada. É ela
que nos diferencia de outros seres vivos, e nos permite expressar uma
gama grande de sentimentos, seja de alegrias, nervosismo, ansiedade,
raiva, euforia ou sofrimentos. É ela que nos permite expressar nossas
idéias e nossos desejos e também é através da nossa voz que exercemos
nosso poder de convencimento. A voz possui características físicas,
biológicas e psicoemocionais que, em seu conjunto, deve chegar ao ouvido
do interlocutor de forma agradável, para que possamos, assim, chamar
esta voz de normal ou adaptada.
A voz deve ser compatível com a idade, com o
sexo, com a estatura física; deve ter flexibilidade, entonação,
musicalidade e uma intensidade adequada para determinados momentos.
Algumas vozes são excessivamente roucas,
ásperas e soprosas; outras, muito agudas (finas), estridentes, causando
no ouvinte uma sensação de invasão e de desconforto auditivo. São várias
as causas destas alterações. Geralmente, são patologias (doenças)
benignas, facilmente tratadas cirurgicamente e com retorno à normalidade
em poucos dias.
Existem vozes que, embora não patológicas, não
são do agrado da pessoa, seja por que julga inadequada para sua
profissão ou mesmo, simplesmente, porque não gosta, e que podem ser
tratadas. Hoje, já é possível tratar-se pessoas com vozes não
condizentes para sua idade ou sexo. Homens com vozes femininas ou
infantis e mulheres com vozes muito graves, frequentemente confundidas
ao telefone, têm, na fonocirurgia e fonoterapia, uma possibilidade de
modificar esta situação.
Uma voz inadequada pode gerar um sentimento de
inferioridade e de insegurança, trazendo problemas de adaptação e
aceitação no convívio social e profissional. O idoso passa a ser
reconhecido como tal quando sua voz se torna fraquejada. Um programa de
saúde vocal preventivo ou corretivo pode ser instituído em pessoas,
ditas da terceira idade, a fim de evitar o “envelhecimento da voz”. Vale
lembrar que crianças roucas ou com alterações de voz são motivo de
zombaria na escola, acarretando para as mesmas um estigma, que por vezes
carregam por toda a vida.
O exame e a avaliação das alterações e doenças
das pregas vocais é realizado no consultório do otorrinolaringologista,
por meio de aparelhos não invasivos, permitindo visualizar as pregas
vocais. A introdução de modernas fibras ópticas rígidas e flexíveis, das
fontes de luz estroboscópica e da videoquimolaringoscopia permite
detectar a presença ou não de alterações em seu relevo e função, de
forma cada vez mais segura e correta.
A partir de um diagnóstico firmado, uma
terapêutica multiprofissional bem conduzida, com a colaboração do
paciente, terá grandes possibilidades de devolver-lhe o prazer de ser
dono de uma voz que lhe agrade. A laringologia, exercida por um grupo de
profissionais, entre os quais o otorrinolaringologista e o
fonoaudiólogo, reserva um grande arsenal terapêutico para estes
pacientes...

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